Por nascer em um ambiente culturalmente restrito, embora afetivamente muito rico, em 1971, ano em que prestei o vestibular, a única certeza que eu tinha é que minha praia era a de Humanas. Neste universo, por influência das aulas de um professor do Cursinho, me interessei por Ciências Sociais. E por afinidade e influência de um programa de TV sobre publicidade, por Comunicações, que eu não sabia bem o que era, mas estava bombando, principalmente entre jovens que não pensavam em anéis de doutor. Acabei aprovado para os dois cursos. Ciências Sociais, na PUC. Comunicações, na USP. O coração falou mais alto, e optei pela ECA.
Desde o primeiro dia da Semana dedicada aos Calouros, não parei mais de descobrir gente e assuntos novos. A diversidade de cursos e pessoas se cruzando nas áreas comuns, interagindo, tramando, criando, contestando, agindo e, principalmente, enfrentando a ditadura com imaginação e criatividade, toda essa ebulição ampliou minha consciência e meus horizontes em vários sentidos.
Curiosidade tamanha me levou à seguinte encruzilhada: seguir no teatro, me profissionalizando como ator; ou trilhar a carreira de radialista, o curso que escolhi, depois dos dois anos básicos. Bem que tentei levar as duas profissões paralelamente, mas daí a vida resolveu a parada: me tornei roteirista freelancer e, depois, também diretor dos meus projetos para rádio e televisão. Foi o jeito que achei para conciliar minha insaciável curiosidade com a imperiosa necessidade de ganhar a vida trabalhando. De preferência, me divertindo, o que faço até hoje.
Aluno | Turma | Curso |
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Douglas Salgado | 1972 | Rádio e TV |
[…] Bira Castro, Cacá Rosset, Carol Ferraz, Célia de Gouveia Franco, Clóvis Naconecy de Souza, Douglas Salgado, Fabio Cardozo de Mello Cintra, Fabio Malavoglia, Fernando Scavone, Fernando Zamith, Gabriel […]