Livros sempre foram os meus melhores companheiros: viajava, crescia e descobria o mundo e a mim mesma através da leitura. Em casa os mantinha organizados. Já me era intuitivo, quase vital, organizar a informação. E o caos não me incomodava, era uma oportunidade para exercitar meu sistema. No último ano do segundo grau, fazia cursinho à tarde e comecei a trabalhar à noite em uma biblioteca perto de casa; minha mãe me levava o jantar. Gostei muito do espaço organizado da biblioteca e comecei a entender esse espaço aparentemente passivo, mas que passa a ser ativo e democrático no momento em que se interage com o catálogo e o acervo, localizando uma informação, emprestando um livro, compartilhando conhecimento.
Quando chegou a hora de prestar vestibular ou pensar em uma faculdade, tinha certeza de que devia ser a USP: a melhor e financeiramente viável, pois como minha família era de classe média, seria também um retorno de todo imposto pago! Na inscrição para o vestibular, descobri que o curso de Biblioteconomia era oferecido pela Escola de Comunicações e Artes, como parte da Comunicação Social. Conheci a ECA no dia da matrícula, o que foi uma aventura, mas isso fica para um próximo depoimento. Após quatro anos, adquiri conhecimento, compartilhei aprendizado com meus colegas de faculdade e fiz amigos para uma vida inteira.
Aluna | Turma | Curso |
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Cristina Horak | 1983 | Biblioteconomia |