Minha formação em Artes Cênicas na ECA foi a mais forte influência na escolha dos caminhos que decidi seguir após o término da faculdade. Os estudos contribuíram para aumentar minha paixão pela Arte e pelas reflexões filosóficas que a envolvem. Me deram a certeza de que devia lutar pela Arte, mesmo vivendo num país onde é difícil ser artista, e correndo o risco de não ter uma vida financeiramente estável.

Me formei em 2006 e em todos esses anos mantive o trabalho em teatro como meu foco principal até 2019, quando me mudei para a Irlanda. Não foi um caminho fácil, tive que aprender formas de lutar pela realização de projetos. Mas tudo o que aprendi, somado à persistência que tive nos 13 anos após minha passagem pela ECA, me levou a lugares incríveis, como exemplo cito a honra que tive de fazer assistência de direção para o mestre Antunes Filho em 2009/2010.

Desde 2013 tenho minha própria empresa, a Banffy Produções Artísticas, que realizou projetos teatrais com grande sucesso, como o espetáculo “O Jovem Príncipe e a Verdade” de Jean-Claude Carrière, com direção de Regina Galdino, que teve indicações ao Prêmio FEMSA e já circulou por mais de 15 cidades brasileiras.

Enfim, vivi momentos mágicos dentro da ECA que expandiram minha visão de mundo, ouvindo mestres como Antônio Araújo, Luiz Fernando Ramos, Silvia Fernandes, Antonio Januzelli, Clóvis Garcia e tantos outros. Todo esse conhecimento me fez ter ainda mais convicção da importância de se lutar pela Arte e me deu forças para enfrentar a realidade, do mundo fora da USP, que nunca foi muito dócil.

(Fotos: Apresentação do monólogo “Valsa nº 6”, de Nelson Rodrigues, com Amanda Banffy, em 2003. Orientação de Armando Sérgio e Antonio Januzelli)