Meu TCC “Sertão Oficina” mudou para sempre a minha vida
Zé Celso e sua trupe em “Os Sertões” despertaram meu amor definitivo pelo teatro.
O ano era 2003, eu estava na faculdade de Jornalismo na ECA-USP e ali, diante da cena tão apaixonante e visceral, decidi fazer um filme sobre o Teatro Oficina.
Foi meu trabalho de conclusão de curso e ganhou o nome de “Sertão Oficina”.
Zé Celso abriu as portas pra mim e ali passei quase um ano entre captações das peças e entrevistas. Documentário e teatro se fundiram amorosamente, em um trabalho que mudou pra sempre a minha vida.
Um dia Zé me disse: “Quem sabe você seja o nosso Euclides da Cunha”, ajudando a contar a história da luta do Oficina. Havia muitos Euclides dispostos a isso e muitos filmes foram feitos, antes e depois. Com “Sertão Oficina”, deixei minha humilde contribuição a essa gigantesca história.
Diante da grandeza desse homem para nosso povo e a cultura brasileira, sou eternamente grato por ter estado junto e bebido dessa fonte inesgotável de amor e arte.
Imensamente obrigado, Zé! Seu fervor, talento e coragem estarão sempre em nós.
Washington Calegari, diretor e roteirista (Jornalismo, 2000)
Cenas de “Sertão Oficina”:
Assista aqui a “Sertão Oficina”:
O documentário acompanha uma visita de Silvio Santos ao teatro Oficina, os bastidores da montagem de “Os Sertões” pela companhia Oficina Uzyna Uzona e o projeto Bexigão junto aos moradores do bairro do Bixiga. O filme foi produzido e dirigido por Washington Calegari, como Trabalho de Conclusão do Curso de Jornalismo na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Professor orientador: Renato Levi.
