Fui parar na ECA por conta de sua biblioteca.
É que, na verdade, entrei primeiro na FFLCH (Português e Espanhol), em 1982. Mas a biblioteca de lá era fechada, ou seja, tínhamos que pedir os livros para as bibliotecárias. Não podíamos andar pelas corredores e pegar livros. Já a da ECA era aberta, ou seja, eu podia mexer nos livros, ler os jornais do dia, fuçar revistas, quadrinhos, pegar fitas K-7 na fonoteca para escutar em casa, etc. E ainda havia o aviso: “Não coloque os livros de volta nas estantes”. Aquilo era música para um bagunceiro como eu.
Então, depois da aula da Letras pela manhã, eu ficava a tarde por lá e voltava para a pensão onde morava à noite (sou de Santos e morei em pensões, repúblicas etc.).
Acabei gostando tanto da ECA que prestei vestibular mais uma vez e, em 1983, era aluno do curso noturno de Jornalismo. Minha rotina passou a ser: Letras pela manhã, almoço no Crusp, passar à tarde na biblioteca, jantar no Crusp e cursar Jornalismo à noite.
Minha identificação com a ECA era tão grande que, quando me formei em Letras, prestei para Cinema. E entrei. Foram mais uns bons anos. Aí ficava o dia inteiro pela escola. Inclusive, e principalmente, na biblioteca.
Aluno | Turma | Curso |
---|---|---|
José Roberto Torero | 1983 | Jornalismo |