Era o ano de 1968. Eu estava cursando o colegial clássico e, a cada nova disciplina, me apaixonava e queria seguir carreira na área. Foi assim, primeiro com Letras, passou pela Filosofia e a onda atual era Psicologia. Eu havia resolvido cursar o Equipe, no semi-intensivo, procurando fechar notas da escola no primeiro semestre para poder me dedicar melhor ao cursinho no segundo semestre. Eis que, entre junho e julho, vem uma “bomba”: a carreira de Psicologia, anteriormente no Cescea (Humanas), tinha passado para o Cescem (Biomédicas)!
O que eu ia fazer no vestibular, sem ter cursado Química ou Física ou Matemática, mas sim Línguas, Filosofia e História? Assim, começou minha busca por uma faculdade interessante na área de Humanas e apareceu a nova Escola de Comunicações Culturais (na época era ECC), criada dois anos antes.
MCLuhan e seu livro O Meio é a Mensagem eram o tema da moda, na sociedade, a TV e, logo, outras novas mídias começavam a superar o cinema e o jornal impresso. Why not? Me apaixonei e fui para o cursinho dessa área, muito “cult”, em cujo vestibular cairiam cinco línguas estrangeiras!
Entrei na ECA em 1969. Nesse tempo, depois do AI-5 e das prisões de estudantes e docentes no ano anterior, o campus estava um pouco estranho, vazio. Mas as novas disciplinas e os professores eram altamente motivantes para uma aprendiz sedenta. Muita novidade: História da Arte, História Contemporânea, Linguística e Semiótica, Filosofia, Italiano, Comunicação, Matemática Moderna! Aulas no “Aquário”, classe com mais de cem alunos, muita troca, muito aprendizado, seminários incríveis!
Amo essa escola! Nela fiquei no ciclo básico, cursei Relações Públicas, Turismo, fiz mestrado e doutorado e ministrei aulas por 38 anos, entre 1981 e 2019. Quando me aposentei tinha 50 anos de vivência nessa casa. E ainda hoje tenho muita saudade e orgulho por essa passagem!
Aluna | Turma | Curso |
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Celia Maria de Moraes Dias | 1969 | Relações Públicas e Turismo |
Professora | ||
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1981-2019 | Turismo |